Epifitismo

Bem Vindo!

Epifitismo é a forma de relação harmônica das plantas que se desenvolvem sobre outras sem parasitá-las.
A maioria das epífitas são encontradas nas Florestas Tropicais Úmidas, sendo responsáveis por parte significativa da diversidade destes locais, totalizando aproximadamente 23.500 espécies, pertencentes a 84 famílias e 876 gêneros. As temperaturas mais ou menos elevadas, podem favorecer o desenvolvimento de comunidades epifíticas altamente diversificadas.

Os jardins suspensos das bromélias


Conhecidas como epífitas, estas plantas não são parasitas.


Problemas ambientais: o que fazer?



No alto da Mata Atlântica, em Nova Friburgo, encontra-se a maravilhosa Reserva Ecológica de Macaé de Cima, local onde a Fundação Jardim Botânico do Rio de Janeiro desenvolve estudos de espécies raras de flora e da fauna – sabe-se da existência do “sapinho laranja”, raríssimo, que vive e se reproduz no interior das bromélias. Não só pelo sapinho, mas pelas Bromélias e ainda a esplêndida diversidade e águas puras, a preservação de Macaé de Cima pode ser considerado a grande missão do povo de nossa região.

As Bromélias e sua importância para os insetos

Novas e fascinantes espécies de besouros, libélulas e outros insetos foram descobertas por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina durante uma pesquisa sobre a fauna relacionada às bromélias. Planta hospedeira, a bromélia realiza um trabalho essencial para o ecossistema e chega a ser responsável pela vida de aproximadamente 300 espécies diferentes. Na pesquisa, os professores analisaram as bromélias nas florestas secundárias e primárias da região de Florianópolis. Eles pesquisaram as espécies que utilizam as águas acumuladas na planta ou seu fruto.

Segundo a professora Josefina Steiner, foi registrada nas últimas semanas uma espécie de besouro extremamente raro, o surutu jelineki. Só há dois exemplares da mesma espécie registrados no mundo, ambas no Hemisfério Norte. “Também temos uma ninfa de libélula que foi notificada recentemente e que só é registra em bromélias”, destaca.

Steiner conta que a pesquisa mostra a importância das bromélias para o meio ambiente. A planta pesquisada - que só gera uma flor em toda a vida - abriga uma quantidade inimaginável de insetos, larvas, e espécies predadoras. “Formigas, vespas, abelhas utilizam a bromélia para ninhos”, conta a professora. “Animais vertebrados utilizam a flor e frutos para se alimentarem, como é o caso do beija-flor”.

Impactos ambientais causados pelo homem


Das espécies vegetais, muitas correm risco de extinção por terem seu ecossistema reduzido, por serem retiradas da mata para comercialização ilegal ou por serem extraídas de forma irracional como ocorreu com o pau-brasil e atualmente ocorre com o palmito juçara (Euterpe edulis). Para a fauna, observa-se um número elevado de espécies ameaçadas de extinção, sendo a fragmentação do ecossistema, uma das principais causas. Apesar de toda a destruição que o ecossistema vem sofrendo, aproximadamente 100 milhões de brasileiros dependem desta floresta para a produção de água, manutenção do equilíbrio climático e controle da erosão e enchentes.

Todas as pessoas são capazes de ajudar a diminuir os problemas ambientais. Não jogar papel no chão parece uma atitude simples, mas já ajuda na preservação do meio ambiente; o acumulo de lixo, a poluição dos rios e a degradação do solo, os seres humanos são os responsáveis e basta as pessoas conscientizarem-se que é a partir delas o passo inicial para reverter essa situação,antes que seja tarde demais.

Entrevistado pelo Século XXI, o professor Fernando Cavalcante, geógrafo ligado ao CEA (Centro de Educação Ambiental de Nova Friburgo), destacou a recente criação das 4 APAs (Área de Proteção Ambiental) municipais: Três Picos, Caledônia,Macaé de Cima e Rio Bonito,em Lumiar. “Temos também a APA estadual de Macaé de Cima - acrescenta. Fernando também destacou o novo Código Ambiental municipal. “Para a Região Serrana preservar o meio ambiente, só há uma solução: Educação Ambiental e Fiscalização” - arremata. “As pessoas precisam ser educadas sobre a preservação do meio ambiente e depois de educadas,é preciso que sejam fiscalizadas, para ver se o que foi ensinado, está sendo cumprido”.


Fonte: ForumSec21

Extinção: perigo também para as plantas


Quando falamos em extinção de espécies, sempre nos lembramos dos animais. Mas estudos levantam a alarmante hipótese de que metade das plantas do planeta podem estar ameaçadas de extinção.

A primeira lista oficial de plantas em risco de extinção foi produzida em 1968, quando o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) ainda era o órgão federal responsável pelo meio ambiente. Apenas 13 espécies foram apontadas, das quais sete da família das orquidáceas. Em 1980, na revisão dessa relação, ocorreu somente a inclusão de mais uma – o rabo-de-galo ou flor-da-imperatriz, da família das amarilidáceas.

A última versão da lista, lançada em 2008 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), teve um aumento considerável em relação à anterior, passando de 108 para 472 espécies. Como nas edições anteriores, foi publicada apenas com nomes científicos, o que a torna praticamente inacessível aos leigos. Generalizando, porém, pode-se dizer que entre as plantas mais conhecidas traz muitas bromélias, orquídeas, cactos, sempre-vivas, madeiras de lei, e também o palmito-juçara, o xaxim-imperial, além das árvores já apontadas em 1992. Os biomas com maior número de espécies ameaçadas são a Mata Atlântica (276), o Cerrado (131) e a Caatinga (46). A Amazônia aparece com 24 espécies, o Pampa com 17 e o Pantanal com duas. Nenhuma espécie da lista anterior foi excluída.

As listas são consideradas instrumentos importantes para referenciar as ações de conservação da flora. No entanto, não se pode dizer que reflitam a realidade atual da devastação das matas. Um dos motivos é que até hoje não se tem um levantamento preciso de quantas espécies existem no país – não só das ainda não descobertas, mas até daquelas que já foram oficialmente descritas pelos botânicos.


- Veja Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.

Samambaia - Nephrolepis Polypodium




Nome Científico: Nephrolepis Polypodium
Sinonímia: Aspidium sp
Nome Popular: Samambaia
Família: Polypodiaceae
Divisão: Pteridophyta
Origem: Cosmopolita tropical
Ciclo de Vida: Perene

O nome "samambaia" vem do tupi "ham ã’bae" e significa "aquele que se torce em espiral". As samambaias são em geral plantas herbáceas, rizomatosas com folhas longas, subdivididas em folíolos que podem ser lisos ou rendados. De coloração verde, com diversas tonalidades, podem ser mais eretas ou mais pendentes dependo da espécie e variedade. Normalmente formam touceiras volumosas, demonstrando sua bela textura. Apresentam tamanhos muito variados, para todos os gostos e ambientes.

As samambaias fizeram e fazem muito sucesso na decoração de interiores, sendo uma das plantas ornamentais mais vendidas no Brasil. Comumente é plantada em vasos de xaxim, fato este condenável atualmente, devido ao perigo de extinção do xaxim.

Algumas alternativas estão sendo estudadas em substituição a este substrato, como os vasos de fibra de côco, por exemplo. No entanto, os apreciadores das samambaias e outras epífitas, afirmam que estes substratos ainda não apresentam as mesmas qualidades do xaxim. Com certeza, em pouco tempo a ciência chegará a fórmula do substrato ideal, e ecologicamente correto. Até lá, é nosso papel respeitar o xaxim e experimentar novos substratos e combinações.

A iluminação ideal para as samambaias em geral é a meia-sombra, salvo em algumas exceções. São plantas rústicas e que não gostam de frio. Os vasos devem ser irrigados frequentemente, porém devem ser bem drenados.

Bromélia-imperial - Alcantarea imperialis




Nome Científico: Alcantarea imperialis
Sinonímia: Vriesea imperialis
Nome Popular: Bromélia-imperial, Bromélia-gigante
Família: Bromeliaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene




A bromélia-imperial é uma planta herbácea, rupícola, de grandes proporções e elevado valor ornamental. Ela é acaule, com folhas longas e largas, coriáceas, com superfície cerosa, dispostas em roseta e formando um "vaso" no centro da planta, onde acumula água e nutrientes. Pode atingir cerca de 1,5 metros de diâmetro quando adulta. Suas raízes são fortes, fibrosas e se prestam não somente para nutrição da planta, mas principalmente para sua forte fixação sobre o substrato. Essa característica permite que esta bromélia se fixe em paredões rochosos verticais.

De crescimento moderado, ela pode levar 10 anos para atingir o porte adulto e florescer. Sua inflorescência é do tipo espiga e pode medir 3,5 metros de altura. Ela apresenta brácteas de cor avermelhada e flores delicadas, com estames longos, e cor branco-creme ou amarelas, muito atrativas para abelhas e beija-flores. Ocorrem variedades de folhagem vermelha, arroxeada e verde, além de tonalidades intermediárias dessas cores.

Esta planta espetacular é cada vez mais popular no paisagismo tropical e contemporâneo. Sua forma escultural, seu porte e cores vibrantes a tornam um elemento de impacto no jardim, seja utilizada isolada ou em grupos. Sua beleza tropical se destaca entre as rochas e em conjunto com outras espécies de bromélias. Também pode ser plantada em vasos. Esta espécie está ameaçada de extinção, jamais compre mudas que foram retiradas do ambiente natural, prefira plantas oriundas de viveiristas certificados pelo IBAMA.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em substrato leve e bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Planta tipicamente tropical, a bromélia-imperial aprecia a umidade e o calor, mas, por ser originária de regiões serranas do Rio de Janeiro, é capaz de tolerar geadas leves. É uma planta rústica, resistente ao vento e à maioria das pragas e doenças. Multiplica-se por sementes e por separação das mudas formadas entorno da planta mãe.

Orquídea (Catléia) - Cattleya sp



Nome Científico: Cattleya sp
Nome Popular: Catléia, Orquídea, Orquídea-catléia
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Central e América do Sul
Ciclo de Vida: Perene





As Catléias estão entre as mais bonitas e populares orquídeas, sendo por este, entre outros motivos, as preferidas para a produção de híbridos comerciais da moda, normalmente com orquídeas do gênero Laelia, Brassavola e Brassia, amplamente disponíveis no mercado. Sua flores são bastante grandes e vistosas e surgem durante a primavera ou outono. São rizomatosas e possuem um pseudobulbo alongado e bastante intumescido, com uma ou duas folhas também rígidas e intumescidas. As Catléias se diferenciam das Lélias por apresentarem 4 políneas*, enquanto as segundas apresentam 8 políneas.

Ao adquirir uma Catléia florida, mantenha-a dentro de casa, próxima a uma janela bem iluminada. Regue-a sempre que o substrato secar. Suas flores são muito duráveis se cuidadas desta maneira. Quando a flor murchar e secar, remova-a, juntamente com a haste floral, cortando com uma tesoura esterilizada. A partir deste momento você poderá replantá-la caso necessário.

As Catléias são em sua maioria epífitas, isto é, desenvolvem-se sobre o tronco das árvores. Por este motivo você pode cultivá-las sobre as árvores, inicialmente amarradas com barbantes ou sisal. Podem ser cultivadas em vasos também, preferencialmente de barro, madeira ou cerâmica, bem forrados com pedriscos para uma perfeita drenagem. O susbtrato pode ser composto de uma mistura de cascas de árvores, carvão vegetal, cascas e fibras de côco, entre outros materiais próprios para epífitas. Não enterre o rizoma (caule paralelo ao solo), ele deverá ficar sobre o substrato. Devem ser cultivadas à meia-sombra, com regas frequentes no verão e reduzidas no inverno.

A Adubação deve ser suave e diluída, preferencialmente orgânica, como torta de mamona e farinha de ossos. Atualmente encontramos adubos próprios para orquídeas, de liberação lenta. Multiplica-se por divisão da planta, preservando pelo menos 3 pseudobulbos para cada muda, com rizoma e raízes. Evite subdividir demais as plantas, sob pena de elas enfraquecerem muito. Comercialmente pode ser multiplicada por meristema, através de uma avançada tecnologia laboratorial que permite a produção em grande escala de milhares de clones da mesma planta.
*Massas cerosas constituída por grãos de pólen e uma substância viscosa e transparente, presente nos estames de algumas flores, principalmente nas orquidáceas e asclepiadáceas.

Flor-de-maio - Schlumbergera truncata


Nome Científico: Schlumbergera truncata
Sinonímia: Epiphyllum truncatum, Zygocactus truncatus
Nome Popular: Flor-de-maio, cacto-de-natal, cacto-da-páscoa, flor-de-seda
Família: Cactaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene


Um dos cactos mais apreciados e difundidos, a flor-de-maio, floresce em pleno outono, o que lhe confere o nome de flor-de-natal no hemisfério norte. Por este motivo é bastante comercializado nestas época para presente. Seu caule é formado de várias partes (artículos) que podem ser destacados para formar novas plantas. A cada ano, após a floração, formam-se novos artículos que serão os responsáveis pela próxima florada. Suas flores delicadas, grandes e brilhantes, podem ser rosas, brancas, laranjas e vermelhas e atraem beija-flores.

Deve ser cultivado em substrato para epífitas misturado à terra vegetal, regada periodicamente, à meia-sombra. Fica muito bem isolada em vasos ou em combinação com outras epífitas, sobre árvores e paredes preparadas.

Também conhecidas como flores-de-seda e podendo chegar a 60 centímetros de altura, as Flores-de-Maio, cactáceas originárias do Brasil, florescem entre o outono e o inverno nas cores rosa, vermelha, branca ou amarelada, com uma fantástica beleza ornamental em seus tons dégradé.

Embora seu nome indique o mês de maio, sua floração se inicia em abril, podendo se estender até julho, mas é realmente no mês de maio que ela se encontra no ápice de seu esplendor, tendo, inclusive, se tornado o presente mais apreciado para o Dia das Mães nas floriculturas brasileiras.

Plenamente difundida pelo mundo, essa planta é sensível à temperatura e a intensidade luminosa, gosta de clima quente e úmido, mas à sombra ou meia-sombra. No hemisfério norte, floresce próximo ao mês de dezembro. Seu cultivo em vasos requer alguns cuidados, e não se adapta, tampouco, a ambientes com o sol direto, mas não é uma planta de difícil trato. Também são indicadas placas de xaxim para seu cultivo.

Enquanto possui flores, a terra deve receber adubos e regas semanais, ou duas vezes por semana, e depois, quando termina sua floração, as Flores-de-Maio entram em um período de dormência, durante o qual precisam ser regadas apenas a cada dez dias e mantidas em terra simples, sem adição de adubos, mas nessa época precisam de muita luminosidade, ao contrário do período de sua floração, devendo, portanto, ser mantidas no interior da casa apenas quando houver flores.

Na natureza, exige pouco com relação à qualidade do terreno, pois não se instala direto na terra, e sim, procura troncos e pedaços de madeira para se agarrar.

Uma planta como essa, como presente, só pode transmitir os mais audaciosos e belos sentimentos que o homem possui. É, então, indicada para representar o amor, em toda e qualquer forma de amor, desde que sincero. Como presente é uma declaração de amor caracterizado pela mais sublime perfeição.

Curiosidade: As Flores-de-maio são plantas naturais de regiões específicas nas florestas ao norte do Estado do Rio de Janeiro e tem atraído encantados e fascinados observadores de vários lugares do mundo.

O que é Epifitismo?


Etimologicamente o termo 'epífitas' significa 'sobre plantas' e aplica-se a plantas que no seu habitat natural crescem ou se apóiam fisicamente sobre plantas ou objetos.

São espécies vegetais que não se enraízam no solo e que dispõem de sistemas biológicos nas folhas para absorver umidade do ar e extrair a sua alimentação mineral da poeira que recai sobre si, servindo-se das raízes, quando existem, apenas para suporte físico. Por esse motivo, não devem usar-se abrilhantadores das folhas nestas plantas porque podem prejudicar funções que noutras plantas são desempenhadas pelas raízes.

De porte discreto, fixam-se sobre outras árvores ou em objetos elevados como rochas, telhas, construções, para receber luz solar e umidade com maior facilidade do que se estivessem no solo. São comuns em florestas tropicais onde a competição por luz e espaço selecionou plantas que não conseguiam prosperar no solo.

Algumas dispõem de raízes superficiais que servem apenas de sustentação, por vezes acompanhadas de um fungo (micorrizo) que se encarrega de transformar a matéria orgânica morta à superfície da casca das árvores em sais minerais. Deste modo, as epífitas não são parasitas nem prejudicam as árvores onde crescem, utilizando o hospedeiro apenas como suporte para alcançar o ambiente ideal em níveis mais elevados da floresta.

Existem cerca de 400 espécies de plantas principalmente epífitas. Encontram-se exemplos entre os fetos, os cactos e, sobretudo, entre as orquídeas e as bromélias.

Necessitam de umidade e de luz e retiram o seu alimento da chuva e das partículas em suspensão no ar. Preferem naturalmente água com características próximas da água da chuva, portanto água macia ou não calcária (desmineralizada) pelo que também são plantas acidófilas.

Pelos motivos expostos não necessitam de ser cultivadas em terra nem de ser regadas. Em ambientes secos ou sob temperaturas mais elevadas as folhas devem ser borrifadas. Apreciam bastante luz, mas não devem receber luz solar direta, com exceção de alguns casos adaptados a ambientes mais agrestes.

Em Nova Friburgo, região de um dos mais importantes remanescentes da Mata Atlântica brasileira, é possível encontrar diversas aráceas (Anthurium, Philodendron, Monstera, Heteropsis, etc.), muitas bromélias, orquídeas, samambaias, gesneriaceas, trepadeiras, arbustos e árvores floríferas ou notáveis por alguma característica.

É possível encontrá-las em jardins, ou apartamentos como decoração ou paisagismo ou até mesmo, nos principais pontos turísticos da cidade.